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Mostrando postagens de abril, 2019

#tbt

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            Hoje enquanto escolhia uma foto para postar com a hashtag tbt nas redes sociais, senti um incômodo não pelas lembranças que as fotos trouxeram, tampouco pela nostalgia daqueles registros de momentos únicos, sequer pela saudade dos que já não estão mais comigo. Pausa para um pequeno parênteses que daqui a uns anos será completamente ultrapassado: #tbt significa Throwback Thursday,  quinta-feira do retorno, em livre tradução, usada para marcar fotos saudosas.            É o dia em que mais vemos fotos de um passado, antigo ou mesmo recente, dos amigos que seguimos nessas redes. Até aí acho uma brincadeira válida! A razão do meu incômodo vem de um questionamento interno feito pela minha intensidade - essa que tenho aprendido a assumir e abraçar - "quem definiu que quinta-feira é o dia da saudade?"          Minha alma intensa não cabe nessas convenções sociais de que domingo é o dia do desânimo nostálgico, segunda é o dia do mau humor, quinta o da saudade,

Sorte

                     Numa noite em que meus planos A, B e C se frustraram sucessivamente, você apareceu, completamente diferente do que costumava atrair minha atenção. Acaso, coincidência, sorte... ainda não sei do que chamar.                   Permiti-me ir além do que a razão me aconselhava. Abri-me para que você me conhecesse e, de certa forma, eu mesma conhecesse o meu novo eu, aquele que agora está sob nova direção, digo, ainda sob construção.                   Acredito que cada pessoa traz dentro de si um universo ilimitado e isso me faz querer conhecê-las, ouvir suas histórias, celebrar suas conquistas e por que não chorar com elas suas dores?! Por mais que eu desejasse mergulhar nesse universo que é você, minha insegurança me mantinha no raso, onde meus pés pudessem tocar o chão firme e seguro.                    Pude experimentar minha nova versão, a mulher com opinião e voz própria, que luta para desconstruir em si mesma e ao seu redor o machismo, o racismo, a homof

Convite

                        Há alguns dias, caneta e papel me chamam pelo nome. Assuntos enlaçam meus pensamentos. Palavras unem-se formando parágrafos em minha mente. Sigo fugindo. “Mais tarde!”, “Amanhã sento e escrevo.”, “Outra hora!”                    Fujo na vã tentativa de calar o que grita aqui dentro. Então, penso, sem parar, sobre superficialidades, amenidades, personalidades, tudo para não ouvir o convite daqueles, que me conhecem tão bem e sabem que é através deles que exorcizo demônios, retiro mordaças, pinto arco-íris, reescrevo finais, crio recomeços, ressignifico dores.                    Escrever é desnudar-me, é silenciar o que acontece do lado de fora e olhar para dentro de mim com meus próprios óculos. Por meio da caneta e papel, coloco luz sobre minhas sombras e deparo-me com a minha humanidade. Publicar o que escrevo me aproxima de quem me lê, me tira do lugar onde me colocaram, no qual nunca quis estar.                    Eis algo que sempre me gerou incômod