2019
31 de dezembro de 2018. Ela na casa de sua irmã, com seus pais, avós, irmã e cunhado. Era uma noite chuvosa e fria, a mesa de jantar, embora simples, estava farta, e na TV ligada na sala passava o Show da Virada. Enquanto isso, no quarto, ela se arrumava para, após a meia noite, ir a uma festa com a amiga que lhe dera o suporte emocional tão necessário desde o divórcio.
Então o novo ano chegou, meio de supetão, já que para ele não havia planos, expectativas, anseios. Chegou chegando mais trágico que qualquer outro: um imbecil no comando do país; em Brumadinho, um crime ambiental e social sem precedentes; jovens jogadores de futebol com um futuro lindo pela frente morrendo asfixiados enquanto dormiam. Suas próprias dores ainda sem cura, seu coração ainda sem novos sonhos para sonhar, e nos antigos já não mais lhe cabia.
Mas 2019, não foi um ano tão ruim quanto seu prólogo a fazia crer, não para ela. Com ele, aprendeu que soltar um pouco o controle do leme da vida, e deixá-la fluir, pode render boas surpresas!
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